terça-feira, 30 de novembro de 2010

Abaixo-Assinado: Devastação da Reserva Darcy Ribeiro, uma das poucas áreas protegidas de Niterói

"Foi com muita tristeza que li no jornal "O Globo" - Niterói, de 28 de novembro de 2010, sobre o decreto 10.772\2010, que desapropria por utilidade pública uma área imensa da Reserva Darcy Ribeiro, em nosso município, para contrução de unidades habitacionais populares. Segundo a reportagem citada, 87,5% da área delineada encontra-se dentro da Reserva e o restante está em Zona de Conservação da Vida Silvestre, vida está que sofrerá um grande impacto com um projeto de tal envergadura. Sem querer ir de encontro à iniciativa do poder público da necessidade de construção de casas populares, entendemos que a prefeitura deveria procurar um local mais adequado e que não agrida de tal forma o Meio Ambiente, já tão desrespeitado em nosso País".

Apoio em meu blog essa iniciativa tão importante da amiga Veronica Bockorny. Beirando ano 2011, onde em todos os cantos do mundo não se fala em outra coisa como a preservação do meio ambiente, é ABSURDO que projetos como esse sejam aprovados em áreas de preservação. Me envergonha e me revolta.

Segue o link do abaixo assinado. Por favor, vamos lutar pelo o que ainda temos. Vamos respeitar a vida em todas as suas formas!

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/7610

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mercado de carbono precisa de regras claras para se desenvolver no Brasil

O Brasil precisa ter regras mais claras para desenvolver o mercado de créditos de carbono, ao estabelecer quem deve regular esse comércio e como o crédito deve ser tributado pelo Estado e contabilizado nos balanços das empresas. A conclusão é de uma série de estudos divulgada nesta terça-feira (9) e feita a pedido da BM&F Bovespa, com apoio do Banco Mundial e da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep).

O mercado de créditos de carbono foi estabelecido pelo Protocolo de Kyoto, que estabelece metas de redução da emissão de gases poluentes na atmosfera para os países desenvolvidos. O acordo internacional também permite que as empresas desses países, para cumprir suas metas, “comprem” o gás poluente (carbono) que deixa de ser emitido por empresas “limpas” (isto é, que não emitem gases).

Como, pelo tratado, o Brasil não é obrigado a reduzir suas emissões, as empresas brasileiras podem desenvolver os chamados “mecanismos de desenvolvimento limpo” e vender créditos desse carbono não emitido para empresas poluidoras de outros países.

Além de vender créditos de carbono para o mercado internacional, o Brasil também vem desenvolvendo um mercado interno, pois algumas empresas brasileiras têm mostrado interesse em, voluntariamente, compensar os gases poluentes que elas emitem, com a compra desses créditos.

Segundo os estudos encomendados pela Bovespa, tanto para o mercado internacional quanto para o mercado doméstico, há a necessidade de haver regras mais específicas para o comércio.

Segundo Antonio Fernando Pinheiro Pedro, um dos realizadores do estudo, a Lei 12.187/2009, que institui a Política Nacional sobre a Mudança do Clima, prevê a criação do Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. O mercado brasileiro, no entanto, ainda não foi regulamentado.

“Um país que é voluntário pode estar mais bem posicionado no cenário mundial se ele estabelecer mecanismos que demonstrem, efetivamente, que ele está se adequando, em termos nacionais, ao processo de redução de gases de efeito estufa”, disse.

Apesar disso, para o especialista em Energia do Banco Mundial Christophe de Gouvello, o Brasil já deu o primeiro passo para estabelecer um mercado nacional de crédito de carbono, ao criar a Lei 12.187, que também prevê metas de redução de gases poluentes no país.

“Estamos no início do caminho. O primeiro passo para um mercado de carbono no Brasil é ter metas. E o governo já tomou uma decisão muito corajosa, de anunciar ao mundo, suas metas”, afirmou.

Os estudos também identificaram a necessidade de uma maior participação do setor público no mercado de crédito de carbono, com a elaboração de projetos de mecanismo de desenvolvimento limpo. Um dos estudos funciona como um guia para orientar o setor público a explorar essa área. (Fonte: Vitor Abdala/ Agência Brasil)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Atual crescimento da população é insustentável

Tantos esforços para o controle de Emissões de gases do efeito estufa atenuam o problema, mas não resolvem. É insustentável o ritmo do crescimento populacional no mundo. A velocidade do consumo é mais rápida do que a capacidade que o planeta tem para se recuperar. Em alguns casos pode levar milhões de anos e aí, será tarde demais.


"A solução dos problemas ambientais da Terra passa pelo combate à superpopulação do planeta, de acordo com o professor Chris Rapley, diretor da agência britânica de pesquisas na Antártida

Em artigo publicado no site da BBC em inglês, Rapley argumenta que o combate dos problemas ambientais tem de ser sinônimo do combate à superpopulação.

Se acreditamos que o tamanho da 'pegada' – ecológica – humana é um problema grave, e há muitas provas de que isso é fato, então a visão racional seria que, ao lado de um pacote de medidas para reduzir as pegadas por pessoa, a questão da administração da população também fosse enfrentada, escreve o cientista.

Para o professor Rapley, o tamanho da população atual da Terra, acima de 6,5 bilhões de pessoas, já é insustentavelmente grande. Ele afirma ainda que, a uma taxa de 76 milhões de pessoas a mais por ano, em média, não há como combater os atuais problemas ambientais apenas com propostas para o controle de emissão de gases e a racionalização do consumo.

Rapley afirma que a questão da população, porém, é um assunto muito difícil, uma espécie de tabu, para os movimentos ambientais.

Bem-estar em jogo

No entanto, Rapley acredita que, a não ser que ele seja enfrentado, o bem-estar e a qualidade de vida das gerações futuras vão sofrer conseqüências.

O artigo de Rapley é o primeiro de uma série de opiniões sobre o meio ambiente em uma sessão especial do site da BBC em inglês, chamada The Green Room ou O Quarto Verde, em tradução literal.

Vários estudos indicam que a humanidade está esgotando os recursos naturais da Terra muito rapidamente. Mesmo assim, a questão da população dificilmente entra na pauta das reuniões ambientais ou das organizações não-governamentais verdes.

O professor Rapley, diretor do Levantamento Britânico da Antártida, admite que a questão é espinhosa, porque envolve considerações sobre o controle de natalidade compulsório e até eugenia – na definição do dicionário Houaiss, teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas.

No entanto, Rapley evita fazer recomendações sobre como controlar a atual tendência de crescimento que deve elevar a população da Terra a oito ou nove bilhões até 2050.

Ele argumenta, porém, que a discussão do problema da superpopulação precisa ser alçado a prioridade nos meios ambientais.

A não ser e até isso mudar [sic], reuniões como a de Montreal – sobre as mudanças climáticas –, que enfrentam apenas parte do problema, terão, na melhor das hipóteses, um sucesso limitado, com o bem-estar e a qualidade de vida das gerações futuras como vítimas inevitáveis".

Fonte
BLACK, Richard. Atual crescimento da população é insustentável. Disponível em: . Acesso em: 31 jan. 2006.