terça-feira, 22 de dezembro de 2009

COP-15 - A DECEPÇÃO DO ANO

A tão esperada Conferência da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas realizada em Copenhage na última semana decepcionou. Porém o Brasil teve sua participação elogiada e se compromete em cumprir o dever de casa como diz o Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc:

"Não é porque o egoísmo e a insensatez prevaleceram lá que não vamos avançar no nosso dever de casa. Vamos continuar trabalhando", disse ao participar na manhã de segunda (21), no Rio de Janeiro, da cerimônia de encerramento do segundo semestre do Programa Nas Ondas do Ambiente, desenvolvido pelo governo fluminense, que une comunicação e educação ambiental.

Ele garantiu que o país vai continuar empenhado em cobrar posturas mais fortes das nações ricas, além de lançar medidas de curto prazo para minimizar os efeitos do aquecimento global.
Minc também garantiu que o Brasil vai continuar buscando articulações com outros países, entre eles nações vizinhas da América Latina, para incrementar os esforços de preservação da Amazônia e da África, onde será intensificada a implementação de programas de combate à desertificação.

A COP-15, que reuniu 192 países, terminou na última sexta-feira (18) em Companhege, Dinamarca, sem um novo acordo climático, que ficou para 2010. Apenas um acordo parcial foi fechado entre os Estados Unidos, a China, a Índia, o Brasil e a África do Sul com apoio de outros países, mas ainda depende de aprovação formal. A próxima reunião sobre mudanças climáticas será no ano que vem, no México.

Fonte: Agência Brasil
http://noticias.ambientebrasil.com.br

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

World Community Grid - Filantropia Virtual

Filantropia virtual para o século 21. Essa é a definição para esse sistema tão genial que foi criado para ajudar pesquisas no mundo todo. Para entendermos melhor, segue um trecho da reportagem que foi reprisada no último domingo, dia 27/09/09, no programa Cidades e Soluções.

"O Grid é um sistema que permite que pesquisadores cadastrados usem computadores pessoais espalhados pelo mundo inteiro para a realização de parte dos cálculos que não teriam espaço nos computadores das universidades e outras Instituições, hoje saturadas com milhões de projetos. É a utilização da capacidade ociosa do computador, sem causar riscos ou danos para sua máquina. Quando o internauta sai pra tomar um café ou está conversando e não está executando nenhuma tarefa, nesse momento o programa da comunidade Grid começa a usar o processador para fazer cálculos para a pesquisa que foi escolhida.
É super simples participar. Basta instalar em seu PC um softwar que vai permitir a comunidade acessar-se ao processador e realizar nele os cálculos necessários para alguma pesquisa. É importante lembrar que esse sistema não interfere na agilidade da máquina.
As pesquisas que serão incluídas e ajudadas pela comunidade são selecionadas por um conselho de Universidades e Instituições de pesquisa. Além de ter que demonstrar sua utilidade para a sociedade, terão obrigatoriamente que disponibilizar seus resultados para o público".

http://www.worldcommunitygrid.org/

Para ver a matéria na integra, basta acessar o blog Cidades e Soluções e colocar na busca do blog a palavra Grid. Lá você vai encontrar um vídeo com todos os detalhes sobre o assunto.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O que é Crédito de Carbono e qual sua importância em nossas vidas

A idéia de criar o sistema de créditos de carbono foi buscar compensar a emissão de gases que produzem o efeito estufa através de um programa que desperta nos países a vontade política de rever os seus processos industriais e, com isso, diminuir a poluição na atmosfera e o seu impacto no aquecimento do clima.
Em função disso foi criado um certificado que é emitido pelas agências de proteção ambiental reguladoras, atestando que houve redução de emissão de gases do efeito estufa. A quantidade de créditos de carbono recebida varia de acordo com a quantidade de emissão de carbono reduzida.
Foi convencionado que uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono. Outros gases que contribuem para o efeito estufa também podem ser convertidos em créditos de carbono, utilizando o conceito de carbono equivalente.
Esse certificado é negociado no mercado internacional, onde a redução de gases do efeito estufa passa a ter um valor monetário para conter a poluição. Há diversos meios para consegui-lo, alguns exemplos são: reflorestamento, redução das emissões provenientes da queima de combustíveis fósseis, substituição de combustíveis fósseis por energia limpa e renovável, como eólica, solar, biomassa, PCH (Pequena Central Hidrelétrica), entre outras, aproveitamento das emissões que seriam de qualquer forma descarregadas na atmosfera (metano de aterros sanitários) para a produção de energia.
Em acordos internacionais os países desenvolvidos passaram a ter cotas máximas para emitir esses gases do efeito estufa. Coube a esses países criar leis para restringir a emissão desses gases em seus territórios. Os países ou suas industrias que ultrapassarem as metas estabelecidas terão que comprar os certificados de créditos de carbono, da mesma forma que quem conseguir reduzir suas emissões poderá vender o excedente dessa redução de emissões de gases nas Bolsas de Valores e de Mercadorias a outros países ou industrias que necessitem desses créditos.
O mercado de carbono possui um critério que se chama adicionalidade. Segundo este, um projeto precisa absorver dióxido de carbono da atmosfera, no caso de reflorestamentos, ou evitar o lançamento de gases do efeito estufa, no caso de eficiência energética. Algumas pessoas criticam esses certificados por entenderem que eles autorizam países e industrias a poluir. Também havia embutido dentro do programa a intensão de que os países que fossem os maiores poluidores diminuíssem suas emissões, e que esse mercado de carbono servisse de estímulo para incentivar os países em desenvolvimento para que, atraído pelo ganho financeiro, cuidassem melhor de suas florestas e evitassem queimadas.
Porém, os governos são omissos e ainda permitem que o desmtamento sem controle furte a nossa maior riqueza: as florestas. Hoje ainda assistimos governantes de países importantes ignorarem todos os sinais de perigo dados pela natureza contra a vida humana.
Recentemente descobrimos que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), órgão ligado ao Governo Federal, encabeça uma lista dos cem maiores devastadores que atuam em território brasileiro. O jornal britânico The Guardian destaca que funcionários do Incra devem responder criminalmente depois da divulgação de uma foto de satélite mostrando áreas sob responsabilidade do órgão totalmente devastada. A exploração madeireira vem acelerando a destruição da Amazônia, e o maior responsável é o próprio governo brasileiro. Isso nos causou surpresa e descrédito quanto ao poder público, pois se o governo não consegue controlar nem os seus subordinados como irá fiscalizar os outros? É uma vergonha!
Por tudo isso, a criação dos créditos de carbono tem um papel importante de conscientização dos países e suas indústrias, mas não será suficiente para resolver esse problema se não houver vontade de todos os envolvidos. Governos, empresas e sociedade devem se unir e discutir como mudar esse crime, que é contra o meio ambiente, mas, principalmente, contra nós mesmos.

Fonte: www.blograizes.com.br - Reflexões sobre Sustentabilidade

Precisamos ficar atentos a esses fatos que estão diretamente ligados a nossa vida. A cultura brasileira precisa de modificações urgentes. Precisamos de um povo mais consciente e questionador. Em vez de ficarmos discutindo o que aconteceu no último capítulo da novela ou quem foi eliminado no Big Brother, precisamos entender o que está acontecendo a nossa volta. Medidas importantes estão sendo tomadas, assuntos sérios voltados ao meio ambiente estão todos os dias nos jornais, porém ainda não caiu a ficha de que um povo consciente faz um país melhor. Precisamos proteger e conservar o que é de fundamental importância para nossa existência e não ficarmos alheios a tais acontecimentos. Se liga Brasil!!!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

FELIZ DIA DO BIÓLOGO!!!

A profissão de Biólogo foi regulamentada no Brasil pela Lei no 6.684 de 3 de Setembro de 1979. Devido a profissão ter sido regulamentada nessa data, instituiu-se este o Dia do Biólogo.

Juramento do Biólogo

"Juro, pela minha fé e pela minha honra e de acordo com os princípios éticos do biólogo, exercer as minhas atividades profissionais com honestidade, em defesa da vida, estimulando o desenvolvimento científico, tecnológico e humanístico com justiça e paz"

A todos os Biólogos, Parabéns por esse dia tão especial, pra nós que sabemos como é difícil conseguir um lugar ao sol nessa linda profissão.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação

Está acontecendo uma acirrada discução sobre um projeto chamado Redd - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação que poderá ser aprovado na Conferência que será realizada em Copenhagen, na Dinamarca, sobre Mudanças Climáticas. Segue um trecho da matéria dando mais detalhes sobre o assunto...

O mecanismo de Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (Redd) deve movimentar de US$ 20 bilhões a US$ 40 bilhões por ano para evitar a liberação de gases de efeito estufa com a devastação de florestas. O Brasil, dono da maior floresta tropical do Planeta, poderá receber cerca de 40% desse montante. A estimativa é de um dos idealizadores do mecanismo, um pesquisador italiano Andréa Cattaneo, do centro de pesquisas norte-americano Woods Hole.

"Aqueles que estiverem dispostos a reduzir o desmatamento devem receber compensações por isso" disse hoje (20/06) durante apresentação em fórum paralelo à programação cultural do 11o Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica).

A adoção e regulamentação do mecanismo ainda têm de ser definidas no âmbito da Convenção da Organização das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que tem reunião decisiva marcada para dezembro em Copenhagen, na Dinamarca. Cattaneo acredita que o mecanismo deverá ser incluído no acordo que sucederá o Protocolo de Kyoto, mas a aplicação pode levar mais alguns anos.

"Se tudo funcionar bem, a decisão saíra em Copenhagen".

Porém, um eclético grupo de ambientalistas, empresários, indígenas e executivos do Banco Mundial (Bird) apontam o mecanismo como a maior falha da vedete atual nas discussões internacionais sobre mudanças climáticas e florestais. Eles sugerem correção.

Esse mecanismo financeiro poderá garantir recursos para quem desmatou no passado, mas vem reduzindo a taxa de derrubada de florestas, diminuindo, assim, a emissão de gases na atmosfera. É preciso que existam recursos que recompensem também países e comunidades que já estão preservando, fazendo manejo sustentável e até expandindo suas florestas. (Daniela Chiaretti, Valor Econômico SP)

Uma das principais críticas que se faz ao Redd é que ele acaba premiando quem mais desmatou e pode ser injusto com quem mais preservou, esclarece Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e um dos co-presidentes do chamado Diálogo das Florestas - Iniciativa Florestas e Mudanças Climáticas.

Ele premiará, com recursos financeiros, quem conseguir diminuir suas taxas de desmatamento, e assim, reduzir a emissão dos gases do efeito estufa. Indo por essa lógica, alguns Estados campeões de desmatamento, como Mato Grosso, seriam recompensados, mas Estados até agora campeões em preservação, como o Amazonas não ganhariam nada. "Esta é uma discussão muito delicada. Alguns países africanos perguntam assim: "então, eu que nunca desmatei tenho que começar logo, para depois reduzir e então ganhar ganhar algo com isso?". Por isso recomendamos que, paralelo ao Reed, também se encontrem mecanismos que remunerem o estoque existente de florestas", diz Smeraldi.

Conclusão: Essa não é mais uma tentativa dos países desenvolvidos tirarem proveito e, em consequência disso, os demais países ficarem em desvantagem?
A ideia é válida, mas precisa ser revista, para que a Conservação do Palneta permaneça, assim como a justiça.

Fonte: (EcoDebate 09/10/2008)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pacífico mais quente pode ter matado 200 leões marinhos

Mais de 200 leões marinhos apareceram mortos neste fim de semana na região de Punta Patache, a 1.700 km do norte de Santiago, Chile.
Segundo o governo chileno, o fenômeno El Niño (aquecimento cíclico natural das águas superficiais do oceano Pacífico) pode ser responsável pelo desequilibrio ecológico no país. Grande parte dos animais mortos são filhotes.
Provavelmente, por causa das águas mais quentes, as mães das crias tiveram que ficar mais tempo no mar atrás de comida. A vida marinha costuma fugir do calor.
Os jovens leões marinhos provavelmente devem ter morrido de fome.
Grupos ambientalista regionais apontam uma outra possível causa para o desiquilíbrio: a poluição. No local, existe uma industria de molibdênio, uma termoelétrica e uma mineradora.
No ano passado, também por causa do aumento anormal da temperatura das águas do Atlântico, ocorreu uma migração inédita de pinguins pela costa do Brasil. Os cientistas associaram o fenômeno diretamente ao aquecimento global.
Fonte: (site: Folha Online publicado em 24/08/09)

domingo, 23 de agosto de 2009

Conferência sobre Mudanças Climáticas

Neste início de século, as preocupações com o meio ambiente assumem proporções cada vez maiores, em virtude dos efeitos visíveis de desequilíbrios provocados pelo homem na natureza.
O Clube de Roma (criado em 1962 composto por cientistas, industriais e políticos, que tinha como objetivo discutir e analisar os limites do crescimento econômico levando em conta o uso crescente dos recursos naturais) empregando fórmulas matemáticas e computadores para determinar o futuro ecológico do planeta, previu um desastre a médio prazo. E o que foi descoberto foi publicado num relatório denominado Limites do Crescimento, publicado em 1972, no qual se previa que as tendências que imperavam até então conduziriam a uma escassez catastrófica dos recursos naturais e a níveis perigosos de contaminação num prazo de 100 anos. Os alimentos e produção industrial iriam declinar até o ano de 2010 e, a partir daí, como consequência haveria a diminuição de população por penúria, falta de alimentos e poluição. O relatório expunha claramente:
"Se se mantiverem as atuais tendências de crescimento da população mundial, industrilização, contaminação ambiental, produção de alimentos e esgotamento dos recursos, este planeta alcançará os limites de seu crescimento no curso dos próximos 100 anos. O resultado mais provável será um súbito e incontrolável declínio tanto da população como da capacidade industrial." (Limites do Crescimento, publicado em 1972).

Trecho retirado do livro "Gestão Ambiental, Responsabilidade Social e Sustentabilidade" por Reginaldo Dias.

Em Dezembro de 2009 será realizada a III Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas em Copenhagen, na Dinamarca. Durante a conferência serão negociados os termos da segunda fase de cumprimentos do Protocolo de Kyoto. A primeira fase deve ser encerrada em 2012.
O encontro terá como objetivo identificar e definir os mecanismos de adaptção ao fenômeno do aquecimento global, segundo a Organização Metereológica Mundial (OMM).
Os organizadores da conferência querem criar "um marco global de serviços climáticos",uma ampla rede de troca de informação que sirva a todo mundo e seja aplicável em todas as regiões do planeta.
A conferência se dividirá em duas partes: uma reunião dedicada aos debates de analistas, centradas no potencial que os serviços climáticos podem oferecer e nas necessidades das comunidades de usuários, e um encontro de alto nível, durante o qual se prevê que os políticos tomem medidas em relação à adaptação ao clima.
(Fonte: Estadão Online)

domingo, 10 de maio de 2009

AMAZÔNIA PARA SEMPRE

No dia 13 de maio, quarta-feira próxima, será feita uma Vigília Amazônica no plenário do Senado Federal. A Vigília, que será interativa, ocorrerá das 18 às 24 horas e estamos fazendo uma convocação para que as pessoas acompanhem pela TV SENADO e participem enviando suas sugestões, comentários e protestos através do telefone ALÔ SENADO – 0800 61 22 11 ou através do email scomcmmc@senado.gov.br. Estamos a beira de um grande retrocesso na votação de emendas que flexibilizarão o Código Florestal e mesmo a Constituição. A Vigília é um alerta geral! Divulguem e participem!
ALÔ SENADO – 0800 61 22 11
scomcmmc@senado.gov.br

VAMOS PARTICIPAR!!!
http://www.amazoniaparasempre.com.br/

terça-feira, 28 de abril de 2009

Portal Biologia

Nas minhas pesquisas pela intenet descobri um site interessantíssimo chamado Portal Biologia. Aí vai o endereço: www.portalbiologia.com.br
Este site oferece diversos cursos on-line em diversos ramos da biologia. Vale a pena dar uma olhada...

terça-feira, 21 de abril de 2009

A vida de um urso dançarino

"Nunca seja conivente com uma atração turística que desconsidere o bem-estar animal".

Todos os anos ursos preguiça são caçados no seu habitat e treinados para “dançar” para turistas e espectadores na Índia. É uma vida dura e sofrida.
Os caçadores ilegais capturam os filhotes de ursos, seja matando suas mães ou os roubando de cavernas desprotegidas. Muitos filhotes morrem por falta de cuidados e hidratação antes de serem vendidos aos Kalandars, os tradicionais donos de ursos da Índia.
Aqueles que sobrevivem passam os primeiros meses desesperados para retornar às suas mães e seus habitats.

Mutilados e humilhados
Para evitar que provoquem ferimentos nos humanos, os filhotes têm seus caninos lixados ou quebrados, o que os mutila para o resto da vida. Sem seus caninos, o retorno à vida selvagem fica impossível.
Quando chegarem à juventude, sofrerão com um furo feito no seu focinho ou céu da boca, por onde passará uma corda com a ferida ainda em carne viva. Nenhum tipo de anestesia é usado.
O buraco é feito no focinho por ser a parte mais sensível do animal. O ato de puxá-lo pela corda lhes causa dor extrema, o que dá controle total àquele que o puxa.
Os ursos são condicionados a obedecer seus donos. A tortura mental do cativeiro e a humilhação sofrida com as exibições acabam com sua energia e seu vigor. Além do mais, quando associadas a uma dieta pobre e inadequada, prejudicam a saúde desses animais que, um dia, foram selvagens.
Por não poder satisfazer suas necessidades naturais como andar a esmo, subir em árvores ou fazer suas cavernas, muitos ursos começam a exibir movimentos repetitivos, conseqüências características de estresse grave.
Quando chegam à idade adulta, os ursos cativos terão aprendido a “dançar”. Quanto maior o urso, mais impressionante deve ser o resultado.

Soluções de longo prazo
A WSPA trabalha para acabar com a dança dos ursos de várias formas, incluindo apoio aos Kalandars para encontrar novas formas de sustento que não envolvam crueldade animal.
Apoiar o acesso a novas fontes de renda alternativas significa possibilitar aos Kalandars a transmissão de uma nova profissão para seus descendentes, quebrando assim a corrente da crueldade animal.
(Fonte: site WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal - www.wspabrasil.org)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Patê de Fígado de Ganso (Foie Gras)

Praticamente todos nós já fomos à uma festa, reunião, restaurante ou rodízio onde há vários tipos de comida, e comemos mais do que devíamos. E deve ter resultado em uma sensação bem desconfortável.
Agora suponhamos que o anfitrião ou o garçom nos obrigasse a ingerir ainda mais comida, até que começasse a doer. E como se já não fosse o bastante, ele ou ela nos forçasse a comer mais.
Tentemos imaginar essa sensação e então consideremos que isso aconteceria ao acordar, no almoço e no jantar, todos os dias. Nós viveríamos em um estado de tortura e dor constantes.
Se tentarmos imaginar essa dor e sofrimento, então chegaremos perto de compreender a agonia pela qual passam aproximadamente 10 milhões de gansos e patos a cada ano, antes de serem mortos para satisfazer os paladares "refinados" dos seres humanos que consomem 16.800 toneladas de seus fígados em todo o mundo (em 1998). A França é a maior produtora com quase 80%; depois vem a Hungria, Espanha, Israel e outros países como EUA, Bélgica, Bulgária e Romênia produzindo o restante.

Durante os vários dias de alimentação forçada, esses patos e gansos são mantidos em pequenos compartimentos. Isso torna mais fácil para os funcionários agarrarem as aves pelo pescoço e inserirem funis e tubos metálicos de alimentação pela garganta abaixo.
Quando comemos demais, sentimos necessidade de levantar da mesa e nos movermos para uma posição mais confortável. Esses patos e gansos não têm nem mesmo esse privilégio. Eles mal podem se mover, o que aumenta ainda mais o seu desconforto.

As aves se debatem para se afastar desses "alimentadores" toda a vez que os vêem, mas seu confinamento impede esse esforço.

As imagens abaixo mostram os métodos usados para forçar o alimento para dentro dos estômagos dessas aves indefesas.


Os funcionários pegam os gansos ou patos um de cada vez, os prendem e os forçam a abrir seus bicos para introduzir um cano de metal de 20 a 30 cm que vai até o estômago.
Então eles acionam uma alavanca que bombeia a ração de milho direto ao estômago da ave. Cada ave é forçada a ingerir até 3,5 kg de ração por dia. Em alguns casos os funcionários colocam um anel elástico apertado no pescoço da ave para o caso de ela tentar regurgitar a ração. Isso ocorre de 3 a 5 vezes por dia.
A ração é composta de milho cozido e às vezes inclui gordura de porco ou de outros gansos com sal.
Esses 3,5 kg de ração para os gansos seriam o equivalente a um humano ser forçado a comer 12,5 kg de macarrão por dia.
Para aqueles que ainda podem estar duvidando, essas criaturas sentem medo e dor.

Imaginemos o que aconteceria no nosso organismo se nossos fígados inchassem várias vezes o tamanho normal, como mostrado na imagem ao lado.
O fígado à esquerda é de tamanho normal. O da direita é o resultado da alimentação forçada. Até na cor ele é doentio.
Depois de 4 semanas de alimentação forçada, os patos e gansos são abatidos. Na maior parte das vezes, seus fígados estão inchados de 6 até 12 vezes o tamanho normal (1, 2) - formando massas pálidas e inflamadas do tamanho de melões em vez de órgãos firmes, pequenos e sadios. Os animais assim ficam com dificuldades de andar e respirar.
E não precisa muita imaginação para perceber que toda essa alimentação forçada pode causar outros danos físicos também.
Em um estudo realizado em uma "fazenda", quase 10% de todas as aves morriam com o estômago rompido, com alimento entrando no pulmão ou por doenças e infecções causadas pelos tubos de alimentação sujos.
Um veterinário que acompanhou uma investigação na Commonwealth Enterprises disse que "todos os patos exibiram sinais de doenças. Muitos deles estavam incapacitados para andar ou ficar sobre seus pés. Alguns exibiam deformações dos bicos."
Um outro afirmou que "a alimentação forçada pode machucar a boca e o esôfago ... as aves parecem estar doentes; seus olhos estão embaçados e suas penas desalinhadas." Um terceiro veterinário que acompanhou a polícia notou que "nenhum dos patos estava tentando limpar suas penas. Somente patos extremamente doentes e estressados deixariam sua plumagem se deteriorar a esse ponto."
Um patologista de animais selvagens do estado de Nova Iorque que examinou os patos da Commonwealth declarou que "se esse tipo de coisa estivesse acontecendo com cães, seria interrompida imediatamente." Ele expressou horror diante dos "fígados extremamente inchados, produto da alimentação excessiva à força (os fígados são fácilmente rompidos pelos menores traumas)" e diante de um dos patos que tinha "uma laceração do fígado com hemorragia interna. Esse tipo de tratamento e método de produção de aves está fora das normas de agricultura e tratamento sadio dos animais."
Quarenta e três veterinários de Nova Iorque assinaram uma declaração de que a produção de fígado de ganso deveria ser banida porque o "foie gras" nada mais é do que uma lipidose hepática, uma doença do fígado: "Animais sob essa condição devem se sentir extremamente mal ... a produção de foie gras, por definição, constitui uma evidente crueldade animal."
A produção de fígado de ganso já foi banida na Alemanha, Dinamarca, Noruega e Polônia.
O perito em gansos Konrad Lorenz, ganhador do Prêmio Nobel, recebeu um pedido do Parlamento Europeu para ler um relatório sobre a indústria de foie gras. Lorenz recusou-se, dizendo que se sentia "vermelho de raiva" depois que leu o relatório. "Do meu ponto de vista, a 'opinião dos experts' que permite a engorda forçada dos gansos ... pode ser expressada em poucas palavras: Essa 'opinião dos experts' é uma vergonha para toda a Europa."

Apenas os patos (machos) são usados para fazer o patê - eles produzem fígados maiores e são considerados mais capazes de resistir às 4 semanas de tortura. As patinhas fêmeas são tratadas como lixo - literalmente. Normalmente os funcionários entulham as patinhas em sacos de nylon. Os sacos são amarrados e jogados em latões com água escaldante. Os funcionários matam as sobreviventes esmagando suas pequenas cabeças contra as bordas do latão.
Essa é uma indústria extremamente cruel e desumana, e nós, como consumidores que compramos e comemos seus produtos, precisamos parar de sustentá-la. Já é tempo de sermos mais compassivos com os seres que estão à nossa mercê.
O patê de fígado de ganso faz engordar e adoecer tal qual as infelizes aves torturadas para essa produção. 85% das calorias do patê são de gorduras - mais do que duas vezes o de um hambúrguer ! O cardiologista Dr. David T. Nash adverte "essa gordura é em grande parte ácido palmítico, uma gordura saturada conhecida por aumentar o colesterol."

(Fonte: site www.vegetarianismo.com.br)

terça-feira, 3 de março de 2009

Sopa de lixo 'maior que os EUA' bóia no Pacífico

Uma imensa área no norte do Oceano Pacífico estaria tomada por uma "sopa de lixo" gigante com tamanho que pode ser duas vezes o do território dos Estados Unidos, afirma uma reportagem publicada pelo jornal britânico The Independent.
Segundo a matéria, o imenso depósito de lixo flutuante se estenderia de uma área cerca de 500 milhas náuticas distante da costa da Califórnia, no oeste dos EUA, passaria pelas águas do Havaí, e chegaria quase até o Japão.
De acordo com o jornal britânico, a mancha foi descoberta por acaso pelo oceanógrafo americano Charles Moore, que em 1997, durante uma competição de barco à vela optou por um trajeto diferente para cortar o caminho entre Los Angeles e o Havaí.
A área, conhecida como "giro pacífico norte" é um local onde oceano circula lentamente devido aos poucos ventos e aos sistemas de pressão extremamente altos que estariam "segurando o lixo".
Caiaques e sacolas de plástico
O Independent cita uma entrevista de Moore, em que o oceanógrafo relatou ter ficado "surpreso com a quantidade de lixo com a qual se deparava dia após dia durante a viagem".
"Toda vez que eu ia ao deck via lixo boiando. Como nós conseguimos sujar uma área tão enorme?", indaga Moore.
Ele acredita que 100 milhões de toneladas de lixo estejam flutuando na região. Um quinto dos dejetos - que incluem itens como bolas de futebol, caiaques, bolsas de plásticos e destroços de naufrágios - seria jogado de plataformas de petróleo e embarcações que passam pelo local. O resto viria do continente.
O jornal conta que pouco depois de se deparar com a mancha pela primeira vez, Moore, que é "herdeiro de uma família que fez fortuna com a indústria do petróleo", vendeu seu negócio e se tornou um ativista ambiental, criando a Fundação de Pesquisa Marítima Algalita, baseada nos EUA.
Em entrevista ao Independent, o diretor de pesquisa da ONG, Marcus Eriksen, descreveu a aparência da mancha de lixo.
"A idéia que as pessoas tinham era que se tratava de uma ilha de lixo plástico sobre a qual se poderia andar. Mas não é bem assim. É quase uma sopa de plastico, uma coisa sem fim que ocupa uma área que pode ser até duas vezes o tamanho dos Estados Unidos", disse ele ao jornal britânico.
Fonte: (Jornal O Globo matéria publicada em 06/02/2008)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

AMEAÇAS ASSOCIADAS COM ATIVIDADES HUMANAS


Tartaruga Marinha morta por frasco de Shampoo do Clube Mediterraneé.


Aumento da presença humana:
Isto pode causar a interrupção da fêmea desovante, em qualquer estágio do processo de desova. Estes distúrbios na praia podem fazer com que a fêmea abandone esta praia, atrase a postura dos ovos e selecione uma praia ruim para a desova. Há também o risco de atropelamento, tanto de filhotes quanto das fêmeas, por veiculos.

Caça e coleta de ovos:
Antigamente era comum matar as tartarugas marinhas para se consumir a carne e usar o casco para fazer armações de óculos, pentes e enfeites. Geralmente elas eram apanhadas quando subiam à praia para desovar. Os ovos eram retirados para alimentação da comunidade de pescadores. Hoje a caça e a coleta de ovos estão proibidos por lei.

Colisão com barcos:
Locais onde há altas taxas destas colisões estão concentradas onde há grande tráfego de embarcações recreativas.
Erosão e acresção da praia: A interferência humana nos processos de erosão e acresção através do desenvolvimento costeiro e atividades associadas resulta na aceleração da taxa de erosão. Acresção (deposição de sedimentos de praia) também matam os ovos nos ninhos.

Iluminação artificial:
Luzes artificiais de prédios, veículos, ruas e outros podem causar a desorientação dos filhotes de tartarugas, pois estes se guiam pela claridade para chegar até o mar. O resultado disso é geralmente fatal, fazendo com que os filhotes andem para o lado oposto do mar.

Poluição:
A poluição das águas por elementos orgânicos e inorgânicos interfere na locomoção e alimentação e prejudica o ciclo de vida desses animais.

Redes de pesca:
A pesca às tartarugas marinhas é proibida por lei federal, mas freqüentemente elas se emalham acidentalmente nos diversos tipos de artes de pesca, e sem conseguir respirar, acabam desmaiando. Os pescadores achavam que já estivessem mortas e jogavam-nas de volta para a água, provocando assim sua morte por afogamento. Com o trabalho do Projeto TAMAR estes pescadores aprenderam a reanimar as tartarugas.

Para reanimar uma tartaruga marinha desmaiada, é preciso colocá-la de barriga para cima com a cabeça ligeiramente mais baixa que o resto do corpo e massagear o ventre, para a retirada de água dos pulmões. Depois deve-se colocar a tartaruga na sombra até que ela comece a bater as nadadeiras sobre o peito. Quando isso ocorrer, está pronta para voltar ao mar.


Sombreamento:
Construções altas no litoral podem aumentar o sombreamento das praias, diminuindo assim a temperatura média da areia e provocando um aumento no número de filhotes macho. Pode causar um desequilíbrio ecológico.

Fonte: (Projeto TAMAR - Projeto Tartarugas Marinhas e IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Gente, por favor entrem nesse site e assistam o vídeo... Precisamos ter consciência da realidade e da crueldade a que esses animais são submetidos por causa de dinheiro e vaidade... É desumano, cruel e totalmente "irracional"...

http://www.peta.org/feat/chineseFurFarms/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Inteligência animal

Na floresta Kibale, em Uganda, uma família de chimpanzés se alimenta no alto de uma figueira. Ao terminar a refeição, mãe e dois filhos pulam para outra árvore. Mas falta coragem à filhote caçula, que fica onde está. Paralisada, ela começa a gritar. Para ajudá-la, a mãe se aproxima da cria e balança a figueira para os lados, até aproximá-la da árvore vizinha. Ela então agarra um ramo e com o corpo forma uma ponte natural por onde a macaquinha atravessa sã e salva.
A cena foi presenciada em 1987 pelo psicólogo Marc Hauser, da Universidade Harvard, que ficou maravilhado. Teria sido intencional? Será que a mãe visualizou a imagem de seu corpo formando a ponte? Ou será que só estava tentando ensinar a filhote a saltar, e ela espertamente aproveitou a chance?

Em seu livro Wild Minds ("Mentes Selvagens", sem tradução para o português), Marc Hauser propõe que vários aspectos da nossa cognição são encontrados nos outros animais. É o que ele chama de "kit de ferramentas", um conjunto de habilidades como reconhecer a função de um objeto, ter noção de quantidade e de direção. A partir daí, os animais evoluíram de acordo com suas necessidades. "Cada espécie é ‘esperta’ à sua maneira, porque evoluiu respondendo a pressões diferentes. Não podemos compará-las", diz o pesquisador Eduardo Ottoni, da USP. A maioria é, de modo geral, equipada com mecanismos de aprendizado que podem ocorrer por dedução ou tentativa e erro e se espalhar por imitação ou pelo ensinamento entre indivíduos. Mas para alguns animais foi mais vantajoso manter-se baseado apenas no instinto. Outros tiveram de aprimorar o kit diante de dificuldades, modificar seu comportamento e transmiti-lo para as próximas gerações.

Memória
Quando o estúdio Pixar colocou no filme Procurando Nemo uma peixinha que esquecia tudo em poucos segundos, estava brincando com uma idéia que por muito tempo existiu na comunidade científica: peixes teriam memória de apenas três segundos. Estudos recentes mostram que isso é balela. Esses animais são capazes de lembrar e ainda guardam as informações a longo prazo. Foi o que comprovou o pesquisador Culum Brown. Ele prendeu um grupo de peixes arco-íris australianos num tanque e os treinou para encontrar uma saída. Após cinco tentativas, todos conseguiam achá-la. Onze meses depois, o pesquisador refez o teste. Dessa vez, os peixes localizaram a saída na primeira tentativa.
Graças à memória, peixes também reconhecem outros indivíduos. Ao presenciar uma luta, o animal não apenas retém informações, como cria um ranking de lutadores. No futuro, ele evitará brigas com os fortões. Cardumes também são capazes de aprender e memorizar a se desvencilhar de redes ou então viajar em formações que os protegem de predadores.

Cultura
Imo é uma macaquinha especial. Sozinha, ela criou comportamentos que mudaram o estilo de vida de uma espécie japonesa (Macaca fuscata) da ilha de Koshima. No começo da década de 50, pesquisadores perceberam que ela, por alguma razão, passou a lavar a batata-doce antes de levá-la à boca. Até então, os animais simplesmente enfiavam o alimento na boca com terra e tudo. Gradualmente o comportamento se espalhou na comunidade. Após algum tempo, vários dos filhotes já repetiam a técnica, visível hoje entre quase toda a população da ilha de Koshima.
Imo, que em japonês quer dizer batata-doce, não parou por aí. Alguns anos depois ela arrumou um jeito de peneirar o trigo que era espalhado na areia pelos pesquisadores que observavam o grupo. Inicialmente os macacos pegavam os grãos um a um, e demoravam um tempão. Mas um dia Imo teve a brilhante idéia de pegar um punhado de trigo e areia e levar até a água. A vantagem da técnica foi clara: a água facilmente separava os grãos da areia, e ela pôde comer tranqüilamente. Assim como as batatas, a lavagem do trigo não demorou para se espalhar pelo grupo.
Lavar batatas não é como escrever livros ou cantar ópera. Mas o que Imo fez – desenvolver um novo comportamento e depois repassá-lo aos seus semelhantes – é algo que pesquisadores nem cogitavam ser possível duas décadas atrás. Ela transmitiu cultura.
Outro exemplo bacana é um caso curioso observado entre baleias-jubartes da costa australiana, espécie em que os machos emitem um som musical provavelmente para atrair as fêmeas. Uma verdadeira revolução cultural teve lugar por lá quando, em 1987, um grupo de cantores do Pacífico Sul abandonou totalmente sua melodia para adotar a de colegas do oceano Índico. A mudança ocorreu após um perído de convivência entre os dois bandos. Aparentemente, alguns "menestréis" que viviam na região do Pacífico se deram conta de que os colegas do Índico faziam mais sucesso com as meninas. E tudo isso graças ao canto deles. A solução foi mudar a música para não ficar no atraso com a baleiada.

Planejar estratégias
Chimpanzés que habitam a floresta Taï, na Costa do Marfim, usam um sistema de caça que se assemelha à tática de um time de futebol quando querem capturar sua refeição favorita, o macaco-colobo-vermelho. Como a presa é menor, mais rápida e pode se refugiar em locais inacessíveis aos chimpanzés, os primatas desenvolveram um modo de agir em equipe para conseguir encurralá-lo.
Para isso, dividem-se em pelo menos quatro funções: o condutor, que persegue a vítima, direcionando seu caminho; o bloqueador, que sobe nas árvores para fechar as opções de fuga; o perseguidor, que seleciona o alvo e tenta a captura em movimentos rápidos; e o responsável pela emboscada, cuja missão é prever o trajeto do colobo e bloquear suas rotas. Esse último é uma espécie de centroavante do time, que se antecipa ao adversário para finalizar a jogada.
O "centroavante" é sempre um animal com mais experiência – o domínio da arte da caça leva cerca de 20 anos. Quanto mais velho, mais o chimpanzé é capaz de fazer antecipações e de menos movimentos ele precisa para atingir seu objetivo. Futebolisticamente falando, ele é uma espécie de Romário. Toca pouco na bola, mas quando o faz, quase sempre está bem colocado e marca o gol.
Também as guerras entre esses animais possuem táticas avançadas. Chimpanzés são capazes de variar estratégias de acordo com o adversário e o time à disposição para a partida. Quanto menor o exército, mais defensiva será a tática. Mas, se o bando for numeroso, a opção é fazer um ataque frontal e impactante. Também há operações em que fêmeas, jovens e idosos ficam na retaguarda, batucando e gritando, para criar a impressão de que a tropa de machos é mais numerosa. E, se as forças são iguais, geralmente um lado faz o movimento e aguarda a resposta do rival. Nesse caso, grupos de chimpanzés invadem o território inimigo para espalhar o terror e assustar rivais que perambulam desacompanhados. Em algumas ocasiões esse tipo de comando foi visto aprisionando e torturando fêmeas isoladas.
Os cientistas se surpreenderam com os corvos da Nova Caledônia, na Oceania, que se mostraram capazes de manipular pequenos ramos para pegar insetos em buracos estreitos. O desempenho desses animais na natureza já era considerado incrível por conta da utilização de ferramentas naturais para se alimentar. Mas o que fez a fama deles foi um teste de laboratório na Universidade de Oxford em 2002. Enquanto estudava alguns corvos, o pesquisador Alex Kacelnik flagrou a fêmea Betty criando uma ferramenta. Com o intuito de comer um pedaço de alimento colocado no fundo de um tubo de ensaio, ela transformou em gancho um arame que estava por perto. O feito ganhou destaque porque levantou a suspeita de que talvez Betty compreendesse a conseqüência do ato. "Convivemos nesse planeta com animais pensantes", diz Marc Hauser. "Cada espécie, com sua mente única, favorecida pela natureza e moldada pela evolução, é capaz de enfrentar os mais fundamentais desafios que o mundo apresenta. Apesar de a mente humana deixar uma marca característica no planeta, nós certamente não estamos sozinhos nesse processo", afirma ele. A natureza pode ser mais sábia do que parece.
Curiosidades...

Tudo por um tubarão
Se você acha que existem poucos homens por aí, pense nos tubarões fêmeas. Uma delas, rastreada por satélite, nadou 20 mil quilômetros, da África do Sul à Austrália, ao longo de 9 meses. A comida era abundante no ponto de onde saiu, o que faz da busca por parceiro a única explicação.

“É ... acho que a coisa tá bem parecida por aqui... rs”.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O Fim dos Oceanos

Você nunca brincou de colocar uma concha no ouvido e ficar curtindo o barulho do mar, as ondas, a calmaria? Hoje seria bem mais realista colocar seu iPod no ouvido – e no volume máximo. Isso, sim, se aproxima do som que o oceano produz pra boa parte das criaturas que vivem dentro deles. Um navio de carga emite, pelo estouro das bolhas que seus propulsores criam na água, ruídos de 150 a 195 decibéis. É mais do que uma britadeira (120 decibéis) ou um iPod no talo (114 decibéis). Imagine então o barulho produzido por 100 mil cargueiros que cruzam os mares durante o ano inteiro!
Qual o problema disso? É que os animais marinhos usam a audição para quase tudo – para encontrar o lugar de procriação, o parceio sexual, a comida. E o mar virou uma linha cruzada dos diabos. Cientistas concluíram que a baleia-azul está ficando surda – escuta a distâncias até 90% menores do que antes. Já a orca está precisando gritar – produzir cantos mais longos para se fazer ouvir. Outras baleias aparecem mortas mas praias após testes militares com sonares caça-submarinos – seus 235 decibéis causam hemorragia nos ouvidos e nos olhos dos animais.
Os oceanos são 70% da superfície do planeta. Em volume, representam muito mais que isso. E sempre o vimos como uma vastidão infinita e onipotente. Mas não poderíamos estar mais enganados. Segunda a ONU, os mares estão em ruínas porque pescamos demais, produzimos lixo, gases do efeito estufa e esgoto demais e bagunçamos os ecossistemas. Pior: nem fazemos idéia do que está acontecendo lá embaixo em consequência disso. Ultimamente, aprendemos a pensar que o oceano está transbordando de tanta água. Mas está acontecendo o contrário: ele está esvaziando, perdendo vida.