terça-feira, 28 de abril de 2009

Portal Biologia

Nas minhas pesquisas pela intenet descobri um site interessantíssimo chamado Portal Biologia. Aí vai o endereço: www.portalbiologia.com.br
Este site oferece diversos cursos on-line em diversos ramos da biologia. Vale a pena dar uma olhada...

terça-feira, 21 de abril de 2009

A vida de um urso dançarino

"Nunca seja conivente com uma atração turística que desconsidere o bem-estar animal".

Todos os anos ursos preguiça são caçados no seu habitat e treinados para “dançar” para turistas e espectadores na Índia. É uma vida dura e sofrida.
Os caçadores ilegais capturam os filhotes de ursos, seja matando suas mães ou os roubando de cavernas desprotegidas. Muitos filhotes morrem por falta de cuidados e hidratação antes de serem vendidos aos Kalandars, os tradicionais donos de ursos da Índia.
Aqueles que sobrevivem passam os primeiros meses desesperados para retornar às suas mães e seus habitats.

Mutilados e humilhados
Para evitar que provoquem ferimentos nos humanos, os filhotes têm seus caninos lixados ou quebrados, o que os mutila para o resto da vida. Sem seus caninos, o retorno à vida selvagem fica impossível.
Quando chegarem à juventude, sofrerão com um furo feito no seu focinho ou céu da boca, por onde passará uma corda com a ferida ainda em carne viva. Nenhum tipo de anestesia é usado.
O buraco é feito no focinho por ser a parte mais sensível do animal. O ato de puxá-lo pela corda lhes causa dor extrema, o que dá controle total àquele que o puxa.
Os ursos são condicionados a obedecer seus donos. A tortura mental do cativeiro e a humilhação sofrida com as exibições acabam com sua energia e seu vigor. Além do mais, quando associadas a uma dieta pobre e inadequada, prejudicam a saúde desses animais que, um dia, foram selvagens.
Por não poder satisfazer suas necessidades naturais como andar a esmo, subir em árvores ou fazer suas cavernas, muitos ursos começam a exibir movimentos repetitivos, conseqüências características de estresse grave.
Quando chegam à idade adulta, os ursos cativos terão aprendido a “dançar”. Quanto maior o urso, mais impressionante deve ser o resultado.

Soluções de longo prazo
A WSPA trabalha para acabar com a dança dos ursos de várias formas, incluindo apoio aos Kalandars para encontrar novas formas de sustento que não envolvam crueldade animal.
Apoiar o acesso a novas fontes de renda alternativas significa possibilitar aos Kalandars a transmissão de uma nova profissão para seus descendentes, quebrando assim a corrente da crueldade animal.
(Fonte: site WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal - www.wspabrasil.org)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Patê de Fígado de Ganso (Foie Gras)

Praticamente todos nós já fomos à uma festa, reunião, restaurante ou rodízio onde há vários tipos de comida, e comemos mais do que devíamos. E deve ter resultado em uma sensação bem desconfortável.
Agora suponhamos que o anfitrião ou o garçom nos obrigasse a ingerir ainda mais comida, até que começasse a doer. E como se já não fosse o bastante, ele ou ela nos forçasse a comer mais.
Tentemos imaginar essa sensação e então consideremos que isso aconteceria ao acordar, no almoço e no jantar, todos os dias. Nós viveríamos em um estado de tortura e dor constantes.
Se tentarmos imaginar essa dor e sofrimento, então chegaremos perto de compreender a agonia pela qual passam aproximadamente 10 milhões de gansos e patos a cada ano, antes de serem mortos para satisfazer os paladares "refinados" dos seres humanos que consomem 16.800 toneladas de seus fígados em todo o mundo (em 1998). A França é a maior produtora com quase 80%; depois vem a Hungria, Espanha, Israel e outros países como EUA, Bélgica, Bulgária e Romênia produzindo o restante.

Durante os vários dias de alimentação forçada, esses patos e gansos são mantidos em pequenos compartimentos. Isso torna mais fácil para os funcionários agarrarem as aves pelo pescoço e inserirem funis e tubos metálicos de alimentação pela garganta abaixo.
Quando comemos demais, sentimos necessidade de levantar da mesa e nos movermos para uma posição mais confortável. Esses patos e gansos não têm nem mesmo esse privilégio. Eles mal podem se mover, o que aumenta ainda mais o seu desconforto.

As aves se debatem para se afastar desses "alimentadores" toda a vez que os vêem, mas seu confinamento impede esse esforço.

As imagens abaixo mostram os métodos usados para forçar o alimento para dentro dos estômagos dessas aves indefesas.


Os funcionários pegam os gansos ou patos um de cada vez, os prendem e os forçam a abrir seus bicos para introduzir um cano de metal de 20 a 30 cm que vai até o estômago.
Então eles acionam uma alavanca que bombeia a ração de milho direto ao estômago da ave. Cada ave é forçada a ingerir até 3,5 kg de ração por dia. Em alguns casos os funcionários colocam um anel elástico apertado no pescoço da ave para o caso de ela tentar regurgitar a ração. Isso ocorre de 3 a 5 vezes por dia.
A ração é composta de milho cozido e às vezes inclui gordura de porco ou de outros gansos com sal.
Esses 3,5 kg de ração para os gansos seriam o equivalente a um humano ser forçado a comer 12,5 kg de macarrão por dia.
Para aqueles que ainda podem estar duvidando, essas criaturas sentem medo e dor.

Imaginemos o que aconteceria no nosso organismo se nossos fígados inchassem várias vezes o tamanho normal, como mostrado na imagem ao lado.
O fígado à esquerda é de tamanho normal. O da direita é o resultado da alimentação forçada. Até na cor ele é doentio.
Depois de 4 semanas de alimentação forçada, os patos e gansos são abatidos. Na maior parte das vezes, seus fígados estão inchados de 6 até 12 vezes o tamanho normal (1, 2) - formando massas pálidas e inflamadas do tamanho de melões em vez de órgãos firmes, pequenos e sadios. Os animais assim ficam com dificuldades de andar e respirar.
E não precisa muita imaginação para perceber que toda essa alimentação forçada pode causar outros danos físicos também.
Em um estudo realizado em uma "fazenda", quase 10% de todas as aves morriam com o estômago rompido, com alimento entrando no pulmão ou por doenças e infecções causadas pelos tubos de alimentação sujos.
Um veterinário que acompanhou uma investigação na Commonwealth Enterprises disse que "todos os patos exibiram sinais de doenças. Muitos deles estavam incapacitados para andar ou ficar sobre seus pés. Alguns exibiam deformações dos bicos."
Um outro afirmou que "a alimentação forçada pode machucar a boca e o esôfago ... as aves parecem estar doentes; seus olhos estão embaçados e suas penas desalinhadas." Um terceiro veterinário que acompanhou a polícia notou que "nenhum dos patos estava tentando limpar suas penas. Somente patos extremamente doentes e estressados deixariam sua plumagem se deteriorar a esse ponto."
Um patologista de animais selvagens do estado de Nova Iorque que examinou os patos da Commonwealth declarou que "se esse tipo de coisa estivesse acontecendo com cães, seria interrompida imediatamente." Ele expressou horror diante dos "fígados extremamente inchados, produto da alimentação excessiva à força (os fígados são fácilmente rompidos pelos menores traumas)" e diante de um dos patos que tinha "uma laceração do fígado com hemorragia interna. Esse tipo de tratamento e método de produção de aves está fora das normas de agricultura e tratamento sadio dos animais."
Quarenta e três veterinários de Nova Iorque assinaram uma declaração de que a produção de fígado de ganso deveria ser banida porque o "foie gras" nada mais é do que uma lipidose hepática, uma doença do fígado: "Animais sob essa condição devem se sentir extremamente mal ... a produção de foie gras, por definição, constitui uma evidente crueldade animal."
A produção de fígado de ganso já foi banida na Alemanha, Dinamarca, Noruega e Polônia.
O perito em gansos Konrad Lorenz, ganhador do Prêmio Nobel, recebeu um pedido do Parlamento Europeu para ler um relatório sobre a indústria de foie gras. Lorenz recusou-se, dizendo que se sentia "vermelho de raiva" depois que leu o relatório. "Do meu ponto de vista, a 'opinião dos experts' que permite a engorda forçada dos gansos ... pode ser expressada em poucas palavras: Essa 'opinião dos experts' é uma vergonha para toda a Europa."

Apenas os patos (machos) são usados para fazer o patê - eles produzem fígados maiores e são considerados mais capazes de resistir às 4 semanas de tortura. As patinhas fêmeas são tratadas como lixo - literalmente. Normalmente os funcionários entulham as patinhas em sacos de nylon. Os sacos são amarrados e jogados em latões com água escaldante. Os funcionários matam as sobreviventes esmagando suas pequenas cabeças contra as bordas do latão.
Essa é uma indústria extremamente cruel e desumana, e nós, como consumidores que compramos e comemos seus produtos, precisamos parar de sustentá-la. Já é tempo de sermos mais compassivos com os seres que estão à nossa mercê.
O patê de fígado de ganso faz engordar e adoecer tal qual as infelizes aves torturadas para essa produção. 85% das calorias do patê são de gorduras - mais do que duas vezes o de um hambúrguer ! O cardiologista Dr. David T. Nash adverte "essa gordura é em grande parte ácido palmítico, uma gordura saturada conhecida por aumentar o colesterol."

(Fonte: site www.vegetarianismo.com.br)