quarta-feira, 26 de agosto de 2009

REDD - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação

Está acontecendo uma acirrada discução sobre um projeto chamado Redd - Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação que poderá ser aprovado na Conferência que será realizada em Copenhagen, na Dinamarca, sobre Mudanças Climáticas. Segue um trecho da matéria dando mais detalhes sobre o assunto...

O mecanismo de Redução de Emissão por Desmatamento e Degradação (Redd) deve movimentar de US$ 20 bilhões a US$ 40 bilhões por ano para evitar a liberação de gases de efeito estufa com a devastação de florestas. O Brasil, dono da maior floresta tropical do Planeta, poderá receber cerca de 40% desse montante. A estimativa é de um dos idealizadores do mecanismo, um pesquisador italiano Andréa Cattaneo, do centro de pesquisas norte-americano Woods Hole.

"Aqueles que estiverem dispostos a reduzir o desmatamento devem receber compensações por isso" disse hoje (20/06) durante apresentação em fórum paralelo à programação cultural do 11o Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica).

A adoção e regulamentação do mecanismo ainda têm de ser definidas no âmbito da Convenção da Organização das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, que tem reunião decisiva marcada para dezembro em Copenhagen, na Dinamarca. Cattaneo acredita que o mecanismo deverá ser incluído no acordo que sucederá o Protocolo de Kyoto, mas a aplicação pode levar mais alguns anos.

"Se tudo funcionar bem, a decisão saíra em Copenhagen".

Porém, um eclético grupo de ambientalistas, empresários, indígenas e executivos do Banco Mundial (Bird) apontam o mecanismo como a maior falha da vedete atual nas discussões internacionais sobre mudanças climáticas e florestais. Eles sugerem correção.

Esse mecanismo financeiro poderá garantir recursos para quem desmatou no passado, mas vem reduzindo a taxa de derrubada de florestas, diminuindo, assim, a emissão de gases na atmosfera. É preciso que existam recursos que recompensem também países e comunidades que já estão preservando, fazendo manejo sustentável e até expandindo suas florestas. (Daniela Chiaretti, Valor Econômico SP)

Uma das principais críticas que se faz ao Redd é que ele acaba premiando quem mais desmatou e pode ser injusto com quem mais preservou, esclarece Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra - Amazônia Brasileira e um dos co-presidentes do chamado Diálogo das Florestas - Iniciativa Florestas e Mudanças Climáticas.

Ele premiará, com recursos financeiros, quem conseguir diminuir suas taxas de desmatamento, e assim, reduzir a emissão dos gases do efeito estufa. Indo por essa lógica, alguns Estados campeões de desmatamento, como Mato Grosso, seriam recompensados, mas Estados até agora campeões em preservação, como o Amazonas não ganhariam nada. "Esta é uma discussão muito delicada. Alguns países africanos perguntam assim: "então, eu que nunca desmatei tenho que começar logo, para depois reduzir e então ganhar ganhar algo com isso?". Por isso recomendamos que, paralelo ao Reed, também se encontrem mecanismos que remunerem o estoque existente de florestas", diz Smeraldi.

Conclusão: Essa não é mais uma tentativa dos países desenvolvidos tirarem proveito e, em consequência disso, os demais países ficarem em desvantagem?
A ideia é válida, mas precisa ser revista, para que a Conservação do Palneta permaneça, assim como a justiça.

Fonte: (EcoDebate 09/10/2008)

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