terça-feira, 21 de abril de 2009

A vida de um urso dançarino

"Nunca seja conivente com uma atração turística que desconsidere o bem-estar animal".

Todos os anos ursos preguiça são caçados no seu habitat e treinados para “dançar” para turistas e espectadores na Índia. É uma vida dura e sofrida.
Os caçadores ilegais capturam os filhotes de ursos, seja matando suas mães ou os roubando de cavernas desprotegidas. Muitos filhotes morrem por falta de cuidados e hidratação antes de serem vendidos aos Kalandars, os tradicionais donos de ursos da Índia.
Aqueles que sobrevivem passam os primeiros meses desesperados para retornar às suas mães e seus habitats.

Mutilados e humilhados
Para evitar que provoquem ferimentos nos humanos, os filhotes têm seus caninos lixados ou quebrados, o que os mutila para o resto da vida. Sem seus caninos, o retorno à vida selvagem fica impossível.
Quando chegarem à juventude, sofrerão com um furo feito no seu focinho ou céu da boca, por onde passará uma corda com a ferida ainda em carne viva. Nenhum tipo de anestesia é usado.
O buraco é feito no focinho por ser a parte mais sensível do animal. O ato de puxá-lo pela corda lhes causa dor extrema, o que dá controle total àquele que o puxa.
Os ursos são condicionados a obedecer seus donos. A tortura mental do cativeiro e a humilhação sofrida com as exibições acabam com sua energia e seu vigor. Além do mais, quando associadas a uma dieta pobre e inadequada, prejudicam a saúde desses animais que, um dia, foram selvagens.
Por não poder satisfazer suas necessidades naturais como andar a esmo, subir em árvores ou fazer suas cavernas, muitos ursos começam a exibir movimentos repetitivos, conseqüências características de estresse grave.
Quando chegam à idade adulta, os ursos cativos terão aprendido a “dançar”. Quanto maior o urso, mais impressionante deve ser o resultado.

Soluções de longo prazo
A WSPA trabalha para acabar com a dança dos ursos de várias formas, incluindo apoio aos Kalandars para encontrar novas formas de sustento que não envolvam crueldade animal.
Apoiar o acesso a novas fontes de renda alternativas significa possibilitar aos Kalandars a transmissão de uma nova profissão para seus descendentes, quebrando assim a corrente da crueldade animal.
(Fonte: site WSPA - Sociedade Mundial de Proteção Animal - www.wspabrasil.org)

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